Dos palcos para os bastidores, Isabella Queiroz une a carreira de
musicista com a de produtora

Estar em um palco e tocar é uma grande responsabilidade. Estar nos bastidores trabalhando
para que esse show aconteça é outra grande função. É comum que quem esteja em um papel não vá
para o outro, afinal são habilidades bem diferentes que demandam conhecimentos e experiência
bem diversos. Mas, a vida vai acontecendo e, vez ou outra, essas atuações profissionais se unem.
Com Isabella Queiroz foi assim. Se antes, ela era a Queiroz da percussão, com o tempo foi virando
também a Queiroz da produção.

Das gigs de sertanejo e samba em bares, do contato com o público, das negociações com os
contratantes, aos projetos artísticos, às apresentações em teatro, à posição de protagonista. A
trajetória de mais de 10 anos atuando como musicista reúne muita história. E também muitas lições.
“Me descobri instrumentista autodidata. Comecei tocando em bares e já tendo contato com
o público. Com o tempo, fui aprendendo mais do meu instrumento, me aprimorando nele e fui
querendo entender mais sobre como tudo isso funciona. Ou seja, como as coisas acontecem no
mercado da música”. É assim que Isabella comenta como a sua vida de percussionista foi virando
também de produtora.


Um ano de Virada


Um ponto de virada neste percurso profissional foi o ano de 2018. É a partir daí que Isabella
começa a integrar projetos artísticos variados, a participar de bandas que já possuíam uma trajetória
duradoura. 2018 foi também o ano que ela começou a estudar percussão na Bituca – Universidade
de Música Popular, em Barbacena (MG), e o ano que ela e mais quatro musicistas fundaram o Samba
de Colher. Com tudo isso, o emprego CLT fica para trás de vez e Isabella passa a viver exclusivamente
da música. Um passo decisivo na carreira dela.

Se até 2018, Isabella ia atuando como instrumentista e produtora de uma forma, mais ou
menos, inconsciente como ela mesma fala, com a criação do Samba de Colher, o cenário muda. “Foi
a partir do trabalho com o Samba, especialmente, a partir da pandemia, que ficou mais claro pra mim
que eu estava desempenhando as duas funções. Além de ser a produtora do trabalho, estava também
no papel de artista protagonista”, comenta.



A música como profissão

Da virada em 2018 vamos ao efervescente 2019 em que tudo ia muito bem e, finalmente,
chegamos ao complexo 2020. De tudo o que a pandemia representou para Isabella, uma coisa fica
como a mais significativa: é preciso aprender a olhar para o mercado musical com estratégia para
aprender a trabalhar de outras formas. Afinal de contas, se existe uma situação como a pandemia
que a tira do palco e a impede de tocar, não é possível viver, apenas, desses palcos.

É a partir desse momento que a Queiroz produtora que ia e vinha, dependendo da situação
de trabalho, chega pra ficar. Além do Samba de Colher, a experiência na produção se expande para
a realização de projetos como o Moinho Cultural, em 2021, e eventos como o lançamento do álbum
Espelho da rapper Laura Conceição, em 2022.
Com esse novo olhar e mentalidade, é preciso, então, começar a estudar. Estudar sobre
empreendedorismo digital, sobre o mercado da música, sobre marketing. Esse processo de
descoberta e aprendizados constantes vem se ampliando até que chega o momento de compartilhar
esse conhecimento. E a forma que Isabella vai fazer isso é por meio de um curso online que tem
como missão ajudar os profissionais a olharem para o mercado musical de outro jeito, com mais
estratégia, com foco no desenvolvimento de suas carreiras a longo prazo.
“Se alguém tivesse me dito que eu precisava ter outras fontes, além dos palcos, eu não teria
passado por tudo o que passei com a pandemia. A base do meu curso é a música como profissão, é
você virar a chave e entender que é preciso agregar valor ao seu produto musical”, adianta Isabella sobre o curso que vai ser lançado até dezembro de 2023.

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